sábado, 21 de julho de 2007

O GRUPO PEQUENO COMO ESTRUTURA BÁSICA

Série Grupo Familiar

Um grupo pequeno de oito a doze pessoas que se reúne informalmente nas casas é a estrutura mais eficaz para a comunicação do evangelho em nossa sociedade high-tech. Esses grupos são mais adequados para a missão da igreja num mundo urbano do que os cultos tradicionais, os programas institucionais da igreja ou os meios de comunicação de massa. Do ponto de vista metodológico, o grupo pequeno oferece a maior esperança para a descoberta e uso dos dons espirituais e para a renovação na igreja e na sociedade.
O grupo pequeno foi a unidade básica da igreja durante seus dois primeiros séculos. Não havia templos, os cristãos encontravam-se quase que exclusivamente em casas particulares. Na realidade, a existência de grupos pequenos de um ou outro tipo parece ser um elemento comum a todos os movimentos significativos do Espírito através da história da igreja. O pietismo primitivo tinha os collegia pietatis - reuniões domésticas para oração, estudo bíblico e discussão.
O grupo pequeno foi um elemento básico do reavivamento wesleyano na Inglaterra, com a proliferação das "reuniões de classe" de João Wesley. Grupos pequenos foram a base do reavivamento de santidade que varreu os Estados Unidos no final do século dezenove e resultou, em parte, no movimento pentecostal moderno.
Vantagens da Estrutura de Grupos Pequenos
O grupo pequeno oferece diversas vantagens sobre outras formas de igreja:
1. É flexível. Como o grupo é pequeno, é fácil mudar seus procedimentos ou funções para enfrentar situações novas ou para alcançar objetivos diferentes. Por ser informal, não tem muita necessidade de padrões rígidos de operação. É livre para ser flexível quanto ao local, horário, freqüência e duração das reuniões.
2. Tem mobilidade. O grupo pequeno pode se reunir em uma casa, escritório, loja, quase em qualquer lugar.
3. É inclusivo. O grupo pequeno pode demonstrar uma abertura que atraia pessoas de todos os tipos.
4. É pessoal. A comunicação cristã sofre de impessoalidade. Muitas vezes, ela é bem elaborada, muito profissional e, por isso, muito impessoal. Mas num grupo pequeno, pessoas encontram pessoas, e a comunicação se dá no nível pessoal. Essa é a razão pela qual, por mais contraditório que pareça, os grupos pequenos podem realmente alcançar mais pessoas do que os meios de comunicações.
5. Pode crescer por multiplicação. O grupo pequeno sé é eficaz enquanto pequeno, mas pode se reproduzir facilmente. Como células vivas, pode se multiplicar em outras duas, quatro, oito ou mais, dependendo da liderança e vitalidade de cada grupo.
6. Pode ser um meio eficaz de evangelização. A evangelização mais eficaz em um mundo high-tech utilizará grupos pequenos como metodologia básica. O grupo pequeno proporciona o melhor ambiente em que pecadores podem ouvir a voz convincente e atraente do Espírito Santo e ganhar a vida espiritual mediante a fé.
7. Requer um mínimo de líderes profissionais. Muitos membros de igrejas que nunca poderiam dirigir um coral, pregar um sermão, liderar um grupo de jovens ou fazer visitas de casa em casa podem liderar um grupo pequeno.
8. É adaptável à igreja institucional. O grupo pequeno não requer a derrubada da igreja organizada. É possível introduzir grupos pequenos sem se descartar ou abalar a igreja. Porém, se a incorporação dos grupos nos lares e dos grupos-célula ao ministério global da igreja for realizada com sinceridade, alguns ajustes serão necessários e, mais cedo ou mais tarde, haverá discussões sobre propriedades.

Retirado do livro "Vinho Novo Odres Novos" - Howard Snyder

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