sábado, 21 de julho de 2007

VISÃO GERAL DE GRUPOS FAMILIARES

série Grupos Familiares

"O QUE SE ISOLA, BUSCA SEUS PRÓPRIOS INTERESSES, E INSURGE-SE CONTRA A VERDADEIRA SABEDORIA” (Pv 18.1)

INTRODUÇÃO
O crescimento da população mundial e os problemas verificados das grandes concentrações nas áreas urbanas em todo mundo tem trazido como conseqüência um crescente aumento da impessoalização, solidão, competição, falta de amor e de solidariedade ao próximo, estando latente a necessidade de integração e agrupamento das pessoas que almejam ardentemente sair do anonimato a serem identificadas pessoalmente.
Há trinta anos atrás os pais almoçavam e jantavam com os filhos, os vizinhos se conheciam e desenvolviam amizade entre si, a permanência no emprego era significativamente maior, os meios de transporte e comunicação eram mais lentos e demorados, possibilitando relacionamentos mais profundos. Hoje, nós somos identificados por números. Os caixas eletrônicos, os "fast-food", a impessoalidade do computador e da televisão, internet fazem das populações urbanas uma massa carente de companhia. Simplesmente ser alguém especial para outra pessoa. E aí qual o nosso papel como igreja? Apresentarmos a Cristo, nosso melhor amigo, cultivando a singeleza de relacionamento com o próximo, a começar dos mais próximos, no caso, nossa família, vizinhos e até aos confins da terra, se o Senhor assim nos enviar.
Não podemos nos dar o direito de, como igreja, fechar-nos em quatro portas, enquanto o diabo, nosso adversário comemora lá fora seu suposto domínio sobre vidas, que buscam caminho que verdadeiramente não os conduzem a salvação. De lá saímos nós também, do império das trevas, e fomos levados para o reino do seu amor. A pergunta que está no Salmo 116 é para nós ainda hoje: Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? Oxalá tenhamos a mesma resposta do salmista: "Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor. Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo". (Salmo 116.1)

O QUE É GRUPO FAMILIAR?
É uma reunião em uma residência com objetivo de viver em família, cultivando uma atmosfera gostosa, amigável, descontraída e informal.
1. Deve ser um canal fundamental de uma igreja, no evangelismo, pastoreamento, adoração e no ministério da palavra;
2. É a igreja crescendo dentro de uma visão do Novo Testamento;
3. É a igreja atuando com uma terminologia capaz de atingir o ouvinte, sem espanta-lo ou leva-lo até a idéia de um programa religioso, onde se pode dizer: "Terça-feira teremos Grupo Familiar em casa. Vem participar". Ou, temos um Grupo Familiar em nossa casa e você está convidado".
É mais fácil um amigo ou parente vir em uma reunião em nossa casa do que na igreja. E depois de ir a casa e criarmos relacionamentos sólidos ele ou ela irá a Igreja, porque já conhece parte da igreja e ao Senhor da Igreja.
O QUE NÃO É GRUPO FAMILIAR?
1. Não é um grupo de oração;
2. Não é um grupo de discipulado;
3. Não é um ponto de pregação;
4. Não é um grupo de evangelismo;
5. Não é outro culto da igreja.
Tudo o que está acima mencionado faz parte do Grupo Familiar, mas não exclusivamente. Os encontros são informais e tudo isso acontece sem obedecer a uma liturgia rígida, priorizando a comunhão, o tirar as dúvidas, a possibilidade de todos se conhecerem com profundidade.
"MELHOR E MAIS IMPORTANTE QUE A REUNIÃO É O RELACIONAMENTO".

POR QUE GRUPOS FAMILIARES NA IGREJA?
1. O propósito de Deus na criação foi manter comunhão com a família;
2. A família é a primeira instituição divina na terra e, como tal, a "célula mater" da sociedade;
3. O pecado construiu obstáculo à comunhão da família com Deus;
4. Removendo o pecado no Seu sangue, Jesus Cristo tem formado uma nova família, a família de Deus. Todas as famílias da terra têm a oportunidade de escolher pertencer à família de Deus. (Jô 1.12; Mt 12.46-50);
5. É da vontade de Deus que a sua família:
5.1 Cresça numericamente (se reproduza abundantemente);
5.2 Cresça na comunhão (edificação mútua);
5.3 Cresça no relacionamento fraterno (intimidade e cuidados mútuos);
5.4 Cresça na intimidade com o Pai (o que capacitará a identificar-se com o caráter do Pai e a fazer a Sua Obra);
6. No Novo Testamento as casas e a família receberam uma função nova no Reino de Deus:
6.1 Os discípulos de Jesus foram enviados aos lares das vilas e cidades de Israel:
• Mateus 10.1-5 - A comissão dos doze
• Lucas 10.5-12 - A comissão dos setenta
6.2 Os lares exerceram importância no cristianismo primitivo:
a) A igreja primitiva nasceu num lar - Atos 1.1 a 2.41;
b) A igreja primitiva se reunia habitualmente nos lares:
Atos 2.46-47 - Havia comunhão diária de casa em casa;
Atos 5.42 - Pregavam e ensinavam todos os dias de casa em casa;
Atos 10.1-48 - A casa de Cornélio é usada para abrir a porta de pregação do evangelho aos gentios;
Atos 12.9-17 - A igreja que se reunia na casa de Maria, mãe de João Marcos;
Atos 16.40 - A igreja que se reunia na casa de Lídia em Filipos;
Atos 20.7-12 - A igreja se reunia num cenáculo (sala de jantar) em Troâde;
Atos 20.20 - Paulo afirma ter pregado e ensinado de casa em casa;
Atos 21.8-14 - A casa de Filipe é usada por Paulo;
Atos 28.16,23,24,30,31 - Por dois anos Paulo fez de sua própria casa um local de pregação do evangelho;
Romanos 16.3-5,14,15,23 - Fala-nos de quatro igrejas reunidas em casas;
I Coríntios 16.19 - Repete menção da Igreja reunida na casa de Áquila e Priscila;
Colossenses 4.15 - A Igreja hospedada por Ninfa;
Filemon 1.2 - Uma Igreja na casa de Filemon.

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