sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sofrimento: marca do verdadeiro discípulo de Cristo



“É uma verdade bíblica: que quanto mais sérios nos tornarmos acerca de nossa identidade de sal da terra e luz do mundo, e quanto mais dedicados nos tornarmos em alcançar os povos não alcançados do mundo, expor as obras das trevas e desatar as amarras do pecado e de Satanás tanto mais sofreremos.” John Piper
Depois de apresentar um conjunto de verdades bíblicas, John Piper chegou a conclusão exposta acima. Quero argumentar, portanto, visando mostrar que tipo de sofrimento Piper está descrevendo. Com certeza, o autor não está se falando do sofrimento decorrente de depressão, causada pela falta de sentido da existência. Não se trata de sofrimento por causa do pecado amado. Não é o sofrimento devido a vida egolátrica. Não é o sofrimento por questões questiúnculas. Não é o sofrimento por preocupações com o acúmulo ou manutenção das riquezas. Ao contrário, é o sofrimento por amor a Cristo, que advêm de querer viver a verdade e nada além dela. Sofrimento fruto da perseguição, da injustiça, do isolamento por viver princípios que outros não querem viver. É aquele que decorre da incompreensão; da própria opressão maligna que atacará justamente quem se apresenta como maior ameaça a seu império; de amar a Deus sobre todas as coisas e ter coragem de ter posicionamentos mesmo que isso contraria a todos; por perceber que há muitas pessoas, até mesmo dentro das igrejas, que estão caminhando para a eternidade longe de Deus e não conseguem enxergar tal realidade. É por essa razão que Jesus repete algumas vezes, “quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á” (Mt 10.38). Um bom parâmetro para avaliarmos se somos de fato salvos: É preciso tomar a cruz [sofrimento advindo de seguir a Jesus] e é preciso perder a vida por Jesus.
Esse sofrimento é ruim? A pergunta é respondida com outra pergunta: existe sofrimento bom? Logicamente que não, mas existe sofrimento com objetivo e que dá bons frutos. O sofrimento longe de Deus, a princípio, não tem um objetivo e nem um fruto visível como acontece com o sofrimento dos servos de Jesus. O sofrimento gerado por não andar na vontade de Deus, por serem rebeldes ao Seu Criador. E justamente, por essa razão, se tornam cavalos do Diabo e seus demônios. Se o sofrimento em si já é ruim, esse que é sofrido na desobediência é terrivelmente diabólico. Pois, além de ser subjugado ao maligno é rebelde contra aquele que é todo amável. A rejeição de um amor Eterno só merece uma punição e sofrimento Eterno.
Agora, o sofrimento pela causa de Cristo é digno de regozijo. “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mt 5.11,12). Este antecipa as bênçãos da eternidade, assim como o sofrimento de uma mãe grávida antecipa o momento de sua maior alegria ao dar a luz a seu bebê tão esperado. Por isso, Paulo escreve: “Se com ele [Jesus] sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:17,18).
É o sofrimento sem culpa. É o sofrimento sem desespero, pelo contrário, a paz pode ser experimentada no meio da tempestade. O gozo pode advir do derramamento do Espírito e da comunhão com pessoas que vivem as mesmas experiências e confirmam que estamos no caminho certo. Estamos honrando a Deus. É o sofrimento comprobatório de que tudo o que é precioso é mais caro, mais difícil, mais trabalhoso e deve ser enfrentado com mais destemor e desafio pessoal.
Pense nisso. A Bíblia é clara ao dizer: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3.12). A ausência de perseguição e sofrimentos pode indicar a ausência da autenticidade de nossa maneira de seguir a Cristo. Portanto, se você está desejando parecer mais com Jesus. Se você está cada dia mais consciente de que nasceu de Deus, que vive para Deus e deve morrer para Deus, então não estranhe se sua vida atrairá mais sofrimentos. O sofrimento advindo da vida integra não da vida pecaminosa; do andar na dignidade, não na falcatrua; de andar na verdade, não na mentira; de conhecer e viver a Palavra e ser honesto, amável e servo é a validação de que está no caminho certo. Você está sendo verdadeiro discípulo de Cristo.
20/11/09 – Heliel Carvalho

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A caminhada cristã. Como você está se saindo?


A vida cristã é comparada a uma caminhada. Uma jornada onde quem é atraído por ela se torna Peregrino, conforme muito bem escreveu John Bunyan. Uma ótima figura para expressar o que ocorre com cada cristão que procura seguir os passos daquele que é “o Caminho, e a Verdade, e a Vida” a única via de acesso ao Pai (Jo 14.6). As expressões bíblicas que nos levam a conclusão acerca da carreira cristã como uma caminhada são: “andava [o Senhor, com Adão e Eva no Éden] na viração do dia”, mas devido ao pecado, Adão e Eva já não andavam com Deus, pelo contrário “esconderam-se da presença do Senhor” (Gn 3.8). Mais adiante temos o relato: “andou Enoque com Deus” (Gn 5.24). “Noé andava com Deus” (Gn 6.9). Davi andou nos estatutos e mandamentos do Senhor e Salomão foi desafiado a imitar seu pai (1Rs 3.14). Os profetas chamavam o povo para andar de acordo com os mandamentos de Deus (Ez 11.20). No Novo Testamento a tônica do andar com Deus continua. Jesus andou com os discípulos (Mt 4.23; 9.35), por isso, o apóstolo Pedro relata em Atos que “o Senhor Jesus andou entre nós” (At 1.21). A igreja foi chamada de pessoas “do Caminho” (At 9.2;19.9,23) e mais tarde Paulo insistiu nessa verdade: “Andai no espírito ... em amor ... como filhos da luz ... em [Cristo] nele” (Gl 5.16; Ef 5.2,8; Cl 2.6). Os salmos e as cartas do Novo Testamente refletem a verdade que somos peregrinos nesta terra (Sl 39.12; 119.19; Heb 11.13; 1Pd 2.11). As imagens que vêem a mente ao pensarmos na caminhada cristã são fantásticas. A primeira: Se estamos na caminhada, estamos todos na mesma direção e na mesma situação. Não há ninguém melhor que o outro, somos apenas pessoas do e no Caminho. Todos que iniciaram nesse novo percurso já estão na caminhada e ninguém que ainda vive aqui conseguiu vencê-la. A grande glória aqui é ter a sabedoria e a força de Deus para permanecer (Jo 15.4) no caminho “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus” (Heb 12.2).
A segunda imagem é que não há espaço para ficar na arquibancada, pois o caminho está proposto e está em nossa frente. Ter o Caminho a seguir e ser colocado no caminho é fruto da graça de Deus, mas a caminhada somos nós que temos de seguir, ainda que a força e a motivação para segui-la venha da maravilhosa graça (Fp 2.13).
A terceira imagem proposta é de uma caminhada, não uma maratona. Na caminhada nós vamos mais devagar, contudo, mais firmes e por isso, vamos mais longe, especialmente se acompanhados. Na maratona temos bom início, temos um desenvolvimento melhor, pois estamos só, mas o termino é tão rápido quanto a largada. A proposta é seguir firmemente olhando o alvo. Curtir o que está ao redor, envolver-se com quem caminha junto e convidar para entrar no caminho aqueles que ainda estão. Incentivando e sendo incentivados pelos caminhantes e livrando os perdidos que caminham, mas em direção a salteadores, ao abismo e a morte.
A quarta imagem. Aqueles que estão no caminho não carregam nada além do que precisam para a caminhada. Além disso, Eles não têm local fixo, são peregrinos. Não levam peso consigo. Tudo o que não é essencial é deixado para trás. As coisas são apenas meios para ajudar a chegar ao destino, nunca um fim em si mesmo. Desta forma, eles caminham mais livres, mais leves e mais aptos para ajudar os outros. Os caminhantes são capazes de experimentar as delícias da caminhada sem se deterem por eles. São capazes de curtir a paisagem enquanto andam. Não desanimam quando há obstáculos, pois sabem que o Senhor do Caminho já preparou o terreno plano e as águas tranqüilas à frente. Eles não têm outro prazer senão o próprio Caminho.
A quinta imagem: tem gente que entra no caminho, mas ainda não compreendeu que boas regras foram dadas para ajudar na caminhada. Sim. O mapa está pronto e o Guia a postos. Aquele que se apresenta como O caminho também propõe princípios para se andar nesse caminho de forma mais alegre e vibrante ainda que seja o caminho que tenha pedras, espinhos, subidas íngremes, entardecer e noites escuras.
A sexta e última imagem trata das dificuldades do caminho. Há peregrinos que preferem não enfrentar essa parte mais difícil da caminhada e por isso ficam estagnados. Preste atenção! Se na caminhada aqueles que seguem andam 10 quilômetros por dia, no final de um mês já se foram 300 quilômetros a mais do que o que estacionou. No final de um ano já se foram 3650 quilômetros. E no final de 10, 15, 40 anos? Desta forma, o que parou ainda que consiga ver o caminhante a frente não imagina o quão a frente ele está. Quantos obstáculos já venceu! Quanto já aprendeu! O quanto seus músculos se fortaleceram nas partes íngremes! Quantas noites escuras já foram deixadas para traz. Quanta experiência foi acumulada por confiar e perseverar na caminhada tendo a lâmpada para os pés e a luz para o caminho (Sl 119.105) com norteadora dos caminhantes.
Diante de tais princípios, só resta seguir em frente. Que sigamos na caminhada. Mil vezes seguir à estacionar. Vive melhor quem caminha, exercita, persevera, se alegra com a caminhada, insiste e aproveita bem seu tempo. Ao contrário, quem pára fica enferrujado, indisposto, mofado, enrijecido e acaba deprimido e até morrendo. A conclusão destes seis princípios são: Primeiro princípio: Na caminhada aprendemos o princípio da humildade. Estamos caminhando mais ainda não chegamos lá. Os que estavam estacionados podem nos passar. Segundo princípio: Na caminhada não há espaço para expectador, somente para caminhante. Terceiro princípio: Na caminhada é preferível a disciplina de andar dentro dos limites e sempre do que na ânsia de chegar logo se arrebentar. Sair correndo é perigoso, pode-se ter um mal súbito e morrer. A questão é a direção e persistência, não a velocidade. Quarto princípio: na caminhada nós seguimos leves, ágeis ainda que sem desespero e convictos, levando somente o necessário. Quinto princípio: Felizes daqueles que mesmo sabendo da necessidade de confiança naquele que propôs a caminhada, boas regras são dadas para não se perder tempo e esforços com a direção a seguir enquanto caminha. Além destas, O Guia foi dado para levar ao caminho e ajudar em toda a caminhada. Por ter guia e mapa e o desejo de permanecer no caminho há espaço para alegria e prazer nessa caminhada. O caminhante deve entender que este é a melhor opção da existência. Há ocupação com os entroncamentos e devaneios que tentam desviar do caminho, mas não há preocupação quando se tem guia. Sexto princípio: O peregrino acaba por entender que dificuldades são normais diante de um caminho e um Paraíso tão excelente. O lema é: siga em frente. Não pare! Subidas íngremes e noites frias fortalecem os músculos da perna e do coração. São meios de preparar o físico e fortalecer a confiança no Senhor do Caminho e ainda revelam a preciosidade daquele que nos espera na linha da chegada. Um Rei maravilhosamente amável, esplendidamente santo, eternamente justo e inigualavelmente bom. Como você está se saindo nessa caminhada?

Heliel Carvalho 18/11/09

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

As recompensas do discipulado

Uma vida totalmente entregue a Jesus tem sua própria e profunda recompensa. Existe uma alegria e um prazer em seguir a Cristo que é vida em seus sentido mais verdadeiro.
O salvador disse por diversas vezes: “quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará”. De fato, esta frase de Jesus é encontrada nos quatro evangelhos com mais freqüência do que praticamente qualquer outra coisa que ele tenha dito (Cf. Mt 10.39; 16.25; Mc 8.35; Lc 9.24; 17.33; Jo 12.25). Por que isso foi repetido tantas vezes? Não seria porque esta frase estabelece um dos princípios mais fundamentais da vida cristã, a saber, que a vida guardada a si mesmo é vida perdida, enquanto vida derramada para o Senhor é vida encontrada, salva, alegre e mantida pela eternidade?
Ser um cristão irresoluto só pode garantir uma existência miserável. Ser totalmente do Senhor é a maneira mais certa de desfrutar o melhor que ele tem para nós.
Ser um discípulo verdadeiro é ser escravo de Jesus Cristo e considerar que o trabalho dele é a perfeita liberdade. Existe liberdade nos passos de todo aquele que pode dizer “amo o meu senhor... e não quero sair livre” (Êx 21.5).
O discípulo não está preso por assuntos mesquinhos nem por coisas passageiras. Está preocupado com assuntos eternos e, como Hudson Taylor, desfruta do luxo de ter poucas coisas das quais cuidar.
Ele pode ser desconhecido, mas, ainda assim, muito bem conhecido. Embora esteja constantemente morrendo, vive com persistência. Ele é castigado, mas não é morto. Mesmo na tristeza, se alegra. Embora ele mesmo seja pobre, torna muitos ricos. Ele mesmo não tem nada, mas possui todas as coisas (2Cor 6.9-10).
Se é possível dizer que a vida de discipulado verdadeiro é vida espiritualmente mais satisfatória deste mundo, então pode-se dizer com igual certeza que ela será a via mais recompensada nos anos por vir. “pois o Filho do home virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um de acordo com o que tenha feito” (Mt 16.27).
Portanto, o homem verdadeiramente abençoado agora e na eternidade é aquele que pode dizer juntamente com Bill Borden, de Yale: “Senhor Jesus, abro mão de tudo o que diz respeito à minha vida. Coloco o Senhor no trono do meu coração. Muda-me, limpa-me e usa-me como desejares”.

Deus não deseja que o homem se perca!
Cristo Jesus do seu trono nos viu,
E em compaixão nos livros das tristezas
Com seu amor ele nos redimiu!
Perdem-se! Perdem-se! Pelos caminhos
Do mundo ingrato que os cobre de dor
Cristo deseja salvá-los da morte
Mas quem irá lhes contar desse amor?
Deus não deseja que o homem se perca!
Cristo humano conosco sofreu:
Veio buscar os perdidos e tristes,
Dar-lhes conforto e alívio do céu
Perdem-se! Perdem-se! Passa-se o tempo!
Poucos ceifeiros! E a noite já vem!
Cristo te chama, avante ao trabalho,
Almas serão teu tesouro além.
(Lucy R. Meyer)

Artigo retirado do Livro: MACDONALD, William, O discipulado verdadeiro, São Paulo: Mundo Cristão, 2009, p. 91-93.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Nossa missão é levar as boas novas

Por que Missões é um ato de amor? Porque é a meneira, mais real, de desmostrar o quanto você se importa pelas vidas. Através da Missão Evangelística se leva uma palavra de vida, esperança, cura, remédio, alimento sólido e muita compaixão. Deus nos tem chamado para servir, e missóes, seja em qualquer lugar e ambiente, é a forma mais linda de servir. Seja um missionário.