segunda-feira, 12 de abril de 2010

Vivendo a vida ou existindo na existência?

A maioria de nós pensa que todas as pessoas estão vivendo. Por que falamos que as pessoas estão vivendo, mesmo que não estejam? A questão é que entendemos errado o que é viver e o que é existir. Viver é mais que existir. Viver é experimentar a essência e o brilho no que somos, temos e de onde viemos. Existir e vegetar, ter vida como as plantas e animais as tem.
Existir é ter bios [palavra grega que descreve a vida das plantas, animais e do ser humano], viver é ter zoé [palavra grega que exprime a vida geradora de todas as vidas. Deus, Jesus e o Espírito tem e concedem Zoé aqueles que neles crêem]. Bios é vida biológica, Zoé é vida de Deus. Vida que transborda. Vida que reparte, vida que não se contém, mas se distribui. Zoé é a vida que ultrapassa, envolve e dá sentido a Bios. Todos têm bios, mas poucos têm Zoé. Bios sem Zoé é vegetar, zoé sobre o Bios é vida que transcende o material e palpável, caminha pelo sobrenatural e invisível aos olhos, mas real e saciador a alma. Zoé não se limita aos anos e décadas da existência, mas se estende a eternidade.
A Bios humana difere da bios dos animais. Também não se limita a esta terra, mas estende-se a eternidade. A diferença é que depois da existência, ela, a bios/existência, terá a ausência dos reflexos do Zoé, que teve enquanto nesta terra, mesmo que não experimentando a medida do Zoé/vida dada aqueles que amaram a Deus. Tais reflexos do Zoé na vida dos existentes são: graça comum [que já é muito especial], amor, alegria, prazer na beleza e delicias da criação, entre outras.
Se experimentamos e mantemos conectados a fonte do Zoé até a bios parecerá Zoé. Ela será reanimada, verdadeiramente viva e transbordante. Se mantermos longe do Zoé, a bios reclamará e buscará alimentar-se em qualquer fossa que encontrar. Viva a vida, isto é diferente de existir na existência.

Heliel Carvalho, 12/04/10

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