sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Quanto vale uma pessoa?

Capelania Institucional – Fevereiro/2011 – no 002

“Bem mais valeis vós do que muitos pardais” (Mt 10.31).
É comum falarmos e ouvirmos sobre a autoestima. Ao usarmos tal termo queremos dizer que temos um valor. Que devemos cuidar de nós mesmos. Que somos importantes.
Sem entrar no âmago da questão, no mínimo, por humildade, deveríamos entender que a melhor valoração de nós mesmos deveria ser feita por pessoas próximas e que nos amam na verdade. Pessoas que não nos bajulam e nem se aborrecem de nós.
Indo além, a melhor pessoa a nos valorar é quem nos criou - o próprio Deus. Nosso valor advém essencialmente de sermos feitos a Sua imagem e semelhança (Gn 1.26), ainda que esta esteja distorcida no ser humano devido ao pecado. Nesse quesito, não há uma pessoa que tenha a plenitude da imagem de Deus e também não há um único ser humano que não tenha nada da imagem de Deus nele. Por isso, todo ser humano tem o seu valor devido à imagem de Deus nele, ainda que distorcida.
Além disso, aquele que nos fez, nos sustêm e providenciou salvação para nós, em Jesus Cristo, por um altíssimo preço. Assim, já não trabalhamos com autoestima, mas com estima do Alto. A avaliação feita por Deus é infinitamente melhor do que a que fazemos ou que os outros fazem de nós. Ela é verdadeira, justa, humilha e exalta-nos. Conforta, anima e faz-nos seguros e inabaláveis independente do que outros pensam, falam ou simulam sobre nós.
Jesus, de várias maneiras, mostra o valor do ser humano. Ao ser questionado se era lícito curar um homem num sábado, ele pergunta: qual homem que tendo uma ovelha caída num buraco não envidará esforço para tirá-la dali, mesmo sendo sábado? Em seguida ele responde: “Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha?” (Mt 12.12).
Certa feita, Jesus falou aos discípulos do domínio absoluto de Deus sobre tudo, inclusive seu conhecimento sobre os fios de cabelo de suas cabeças. Disse ainda: nenhum pardal cai em terra sem o consentimento do Pai. Em seguida afirmou: “Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais.” (MT 10.31).
Entendamos: Deus e somente Deus pode dizer exatamente qual o nosso valor. Segundo: A descoberta de nosso valor é alcançada no relacionamento com EleDeus, baseado na Palavra e mediado por Jesus Cristo. Aqui se processa a restauração da Sua imagem e semelhança em nós.
Reflitamos: Se valemos tanto para Deus, porque, por vezes, sentimo-nos tão subestimados e em outros momentos, tão superestimados ou supervalorizados? E mais quanto tempo gastamos conhecendo e servindo aquele que nos valoriza tanto? Ou seja: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mc 8.36)
Capelão Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

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